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Luiz Alphonsus, 1948

Nascido em Belo Horizonte, em 1948. Luiz Alphonsus (de Guimaraens) vive e trabalha no Rio de Janeiro. É fotografo, pintor, escultor e artista multimídia. Iniciou sua trajetória no final dos anos de 1960 em Brasília, cidade de grande importância para sua formação. Lá fez parte do grupo formado pelos artistas Cildo Meirelles, Guilherme Vaz e Alfredo Fontes. Essa geração de artistas atravessou o período mais opressor da Ditadura Militar, fato que influenciou fortemente os trabalhos da época.

 

Em 1969 fundou a Unidade Experimental do MAM – Rio de Janeiro com Frederico Morais, Guilherme Vaz  e Cildo Meireles. Também atuou de 1993 a 1998 como Diretor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage.

Em 1970 participou da exposição efêmera Do corpo à terra com o trabalho Napalm, uma faixa plástica em que o artista ateou fogo em referência à Napalm, bombas incendiárias lançadas na Guerra do Vietnã. Organizada por Frederico Morais, Do corpo à terra, foi um marco na vanguarda da arte brasileira.

Luiz Alphonsus é percursor da Land arte no Brasil, trabalhos como Negativo / Positivo (1970) e encontro num ponto (1970) são proposições realizadas a partir de intervenções do artista na natureza.

Usando suportes de fotografia e cinema, além do trabalho conceitual, destacam-se obras que une seus trabalhos conceituais com elementos da cultura popular carioca. A série fotográfica Bares Cariocas e o curta Rio de Janeiro Brasil trazem ao expectador um recorte da “cidade maravilhosa” dos anos 1970 em suas diferentes camadas. Com essa questão da visão conceitual e popular, criou em 1980 o trabalho Conceitual Caboclo, instalação com uma faixa de plástico com inscrições, quatro garrafas de vidro e uma vela que pode ser apresentada tanto acesa quanto apagada. Luiz Alphonsus com esse trabalho, refere-se não apenas a ele, mas a toda a sua geração dita “conceitual”.

Esteve presente em importantes coletivas que posteriormente se tornaram marcos para a arte brasileira como a participação em Do corpo à terra – já citado acima –, o Salão da Bussola (1969) com o trabalho Túnel, Expoprojeção São Paulo (1973) com o vídeo Besame Mucho e Orlândia (2001) com a instalação Paisagem sideral.

Sua individual no MAM - RJ, Coração 7/7/77 (1977) que além de ser um discurso emocional sobre as questões populares, enfrentava imposições da censura vigente durante a Ditadura Militar, como o nu frontal e as confecções de faixas similares as de propaganda eleitoral.

Entre as exposições internacionais destacam-se na Europa a IX Bienal de Paris (1975), França.   OBRANOME III (2013), uma mostra coletiva de poesia visual em língua portuguesa na galeria de Arte Contemporânea do Mosteiro de Alcobaça, Portugal. Urban Impulses - Latin American Photography From 1958 to 2016 (2019) na The Photographers’ Gallery. Londres, Inglaterra.

 

Na América Latina as exposições Nano Stockholm (2009), com curadoria do Grupo DOC do Rio de Janeiro, que passou pela  ArtBo Colômbia (Feira Internacional de arte de Bogotá) e por cinco capitais brasileiras. No México a Noches Fieras (2018/2019), no Museo Universitario del Chopo.

No continente africano, apresentou em 1992 a obra O observador e o passante – versão africana – Na individual, com mesmo nome, no Centro de Estudos Brasileiros na cidade de Maputo, em Moçambique.

Seu trabalho está presente em importantes coleções como: MAM – RJ, MAC – SP, Itaú Cultural (Acervo Banco Itaú), Gilberto Chateaubriand, João Leão Sattamini, Rose e Alfredo Setúbal entre outros colecionadores do Rio de Janeiro, São Paulo e ainda colecionadores estrangeiros como Leticia e Stanislas Poniatowski.

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